Relator dos crimes da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luiz Edson Fachin determinou, ontem (30), a abertura do sétimo inquérito para investigar os senadores Edison Lobão (MDB-MA) e Jader Barbalho (MDB-PA). Lobão, por não ter sido reeleito, deixa o Senado dia 1º de fevereiro, enquanto Barbalho foi reconduzido para um novo mandato.
A investigação, que tramita em sigilo, é um desdobramento das investigações que apuram supostos desvios de dinheiro nas obras da hidrelétrica de Belo Monte, em Minas Gerais. A propina teria beneficiado políticos do MDB.
Para o advogado de Lobão, Antônio Carlos de Almeida Castro, o novo inquérito visa a apurar os mesmos fatos de outras duas investigações já em andamento, o que não favorece a agilidade da apuração, já que há duplicidade em coleta de provas e depoimentos. “O que parece, infelizmente, neste momento de criminalização da politica é que existe um interesse em abrir varios inquéritos”, completou.
A Polícia Federal admire, no relatório, não terem sido localizadas provas diretas contra os senadores, e a justificativa é que autoridades costumam utilizar terceiros para tratativas irregulares, sem atuar diretamente.